sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Arrependei-vos!

Nos últimos meses, tudo que tenho meditado, estudado, discutido, termina sob o mesmo clamor: arrependei-vos!

Participando de um fórum de discussão aqui na Barra do Corda organizado pela Fraternidade Teológica Latino-Americana, que discutia caminhos e descaminhos da igreja e da teologia que a acompanha, parecia que o Espírito Santo soprava para mim: é preciso arrependimento! A igreja precisa se arrepender do seu caminho torto, ensimesmado, e retornar para o Caminho, para a centralidade de Jesus Cristo em sua mensagem e em sua prática missionária e eclesial.
Recentemente, pregando em um culto na campanha de missões na igreja, chorei ao lembrar que enquanto o desejo de Cristo é salvar a TODOS, há muitos e muitos povos não alcançados, países e nações que perecem e sofrem no total desconhecimento do evangelho que é poder de Deus para salvação de todo o que nele crê. Deus não tem filhos prediletos! Mas nós por vezes demonstramos um orgulho “ocidental” e “evangelical” de estar de posse da verdade plena, enquanto nossos países e cidades evangélicas também estão afundados na lama do pecado. Novamente o clamor do Espírito: Arrependei-vos!

Arrependimento era a mensagem que João Batista pregava. Jesus, ao iniciar seu ministério, após a tentação no deserto, saiu em vários povoados conclamando pessoas a se arrependerem. Daniel, homem íntegro e reto, firmemente resolvido a não se contaminar com finas iguarias mundanas, clamou diante do trono celeste: “Deus, tenha misericórdia de nós! A nós pertence o corar, o ficar vermelhos de vergonha, por tantos pecados que temos cometido”.

Estava fazendo minha devocional, quando me deparei com meus próprios pecados, incapacidades, mesquinharias, invejas, ciúmes, falso juízo, justiça própria, amor e apego ao conforto e às coisas materiais, impurezas, cobiças, e clamei: “tenha misericórdia de mim, Senhor! Gera em mim o verdadeiro arrependimento”.

Arrependimento, mais do que dor, choro e gemido, é mudança de atitude. Somos chamados a produzir frutos dignos de arrependimento – frutos que demonstrem que realmente queremos abrir mão de todo peso e pecado que tenazmente nos assedia. Frutos que mostrem que estamos olhando firmemente para o alvo, e para as coisas lá do alto.

Esta semana estava lendo a revista cristã Ultimato, e me deparei com a máxima: “Se o missionário quer converter alguém, ele deve ser o primeiro a se converter todos os dias”. 

Um cântico antigo vem em minha mente: “A começar em mim, quebra corações!”.


Em Cristo,
Adriana Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário