Convidamos todos do povoado Violeto para o culto, e estimulamos um juntar de panela para cearmos. Clea preparou, para a ceia, arroz misturado com feijão, ou baião de dois. Quando estávamos ainda correndo com os preparativos, aparecem cerca de 40 pessoas do povoado vizinho, sítio dos Arruda, para participarem conosco do culto, a maioria crianças. Confesso que me deu um desespero. Como iríamos alimentar todos? No meio da correria, só podia continuar o que estava fazendo e tentar confiar na provisão de Deus.
O culto foi muito agradável. Não muito longo, como a maioria dos cultos no sertão. Cantamos cânticos de louvor a Deus. As crianças formaram um coralzinho gracioso e abrilhantaram o momento. Momentos de compartilhar as bênçãos foram conduzidos por Morgana, missionária da Jocum. Alguns ousaram fazer público seu agradecimento sincero a Deus pelo ano de 2010 e principalmente, pela presença de Jesus, o aniversariante, em nosso meio.
Ao fim, servimos a ceia - o arroz misturado e o frito de carne que muitos levaram. Para meu espanto, sobrou comida! Mais uma vez pensei que havia me preocupado à toa e que Deus estava no controle de tudo.
Depois que todos foram embora, permaneci no local onde realizamos o culto - a antiga igrejinha, meio que caindo aos pedaços, remetia muito ao contexto de simplicidade que compôs o nascimento de Jesus. Ali, longe da minha família, e com a ceia de natal mais simples de toda a minha vida, me alegrei e agradeci a Deus. Sua paz me inundou, e sua alegria mais uma vez me constrangeu. E o natal de 2010 foi um dos mais especiais de toda minha vida.
